Na dengue clássica,
os sintomas chegam de forma súbita e podem ser confundidos com outras
enfermidades, inclusive com gripes: febre alta, dor de cabeça forte e dor atrás
dos olhos, piorando quando há movimento deles. Também há perda de apetite e do
paladar, o que é outra característica semelhante à gripe. Além disso, surgem
manchas parecidas às do sarampo, no tórax e braços, tontura, corpo cansado,
dolorido e com moleza, os ossos e as articulações doem também.
Já na grave dengue
hemorrágica, os sintomas são os mesmos, mas, quando acaba a febre, surgem
outros sintomas graves: vômitos que persistem seguidos de dores abdominais
fortes e contínuas; a pele fica pálida, úmida e fria, podem ocorrer
sangramentos pelo nariz, boca e gengivas, há muita sonolência, confusão mental
e agitação; a sede é excessiva e a boca fica constantemente seca, o pulso fica
fraco, mas acelera, há dificuldade para respirar e perda da consciência.
Tratamentos naturais
para a dengue
Não existe tratamento
que cure a dengue, o tratamento nesses casos tem como objetivo:
Garantir a hidratação
e aliviar sintomas, como: dor, vômito e febre; manter a tranquilidade do
paciente, observá-lo e prevenir possíveis complicações, tratando-as
precocemente.
o paciente deve ser
estimulado a se manter hidratado por via oral, mas, se não for possível, deve
ser usado o soro.
Podem ser utilizados
analgésicos, mas o ácido acetil salicílico (AAS, como a aspirina) e fármacos
anti-inflamatórios não esteroides não podem ser usados, para proteger a função
plaquetária.
observar sinais de
insuficiência circulatória através de: hematócrito, contagem de plaquetas,
pressão sanguínea e pelo nível de consciência do paciente;
A alimentação
adequada, a tranquilização do paciente e o repouso devem ser observados com
atenção.
O inhame, esse
tubérculo muito consumido em nosso país, possuidor de diversas propriedades,
entre elas a de proteger o sistema imunológico, é usado para a prevenção e
tratamento da dengue, apesar de estudos conclusivos ainda não terem sido
apresentados. Isto porque, possui enzimas que neutralizariam imediatamente a
ação do vetor no sangue, impedindo que o vírus se espalhasse pelo corpo. Mesmo
sem confirmação científica, o inhame faz muito bem à saúde, portanto, vale a
pena tentar esse recurso!
Alguns chás
medicinais também tem excelente efeito, como:
– utilizar três
colheres de sopa das seguintes ervas picadas: alecrim, folhas de mangueira,
eucalipto e sálvia, colocar essas três colheres das ervas em um litro de água
fervente e tomar de 2 a 3 xícaras ao dia, com 15 gotas de própolis.
– chá de mil-em-rama,
sabugueiro e hortelã, da mesma maneira que o anterior.
As plantas medicinais
cujo uso é creditado à herança da cultura indígena guarani, são vistos como
aliados na luta contra a
dengue, a chicungunha
e o zika, os três vírus que mantêm o Paraguai em estado de alerta
epidemiológico.
Plantas como a
citronela (capim-limão) e as folhas de mamão papaia lideram a lista de vendas
neste mercado, depois que o Ministério da Saúde Pública advertiu à população
sobre os riscos dos vírus transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti.
A estrela da tenda é
a citronela, muito apreciada em perfumaria por seu potente aroma e que é também
um eficaz repelente natural para os mosquitos.
Se o paciente já
contraiu um dos vírus, friccionar sobre a pele um remédio preparado com
citronela diluída em álcool pode ajudar a aliviar as dores musculares e
articulares que são características dessas doenças, de acordo com a tradição.
Da mesma família da
citronela é o capim-limão, que os paraguaios costumam agregar como erva
refrescante em seus chás de mate com água fria, conhecidos como tereré e que é
um símbolo de sua identidade.
A planta é usada como
"reguladora do fluxo sanguíneo" em pessoas já afetadas pelos vírus,
embora Torres advirta que seu uso em quantidades excessivas pode provocar uma
queda da pressão arterial.
Já as folhas da
árvore do mamão são consideradas um antídoto contra a deterioração da saúde
provocada pela dengue, e os vendedores consideram inclusive que o chá de uma
destas folhas contribui para elevar a quantidade de plaquetas disponíveis no
sangue, cujo número cai em pacientes com quadros graves da doença.
Além destas
plantas,prescreve aos afetados de dengue uma peculiar poção à base de sementes
de abóbora, melancia e melão esmagadas e cozidas em meio litro de água: a
conhecida "horchata".
Trata-se de uma
bebida que, temperada com fibras de açafrão, contribui para baixar a febre,
fazendo o papel de um paracetamol natural sem contraindicações conhecidas.
Um efeito parecido é
o que tem a mistura de folhas secas de verbena e raízes de agrião trituradas. O
segredo do sucesso destas plantas medicinais é que "são baratas, não têm
efeitos colaterais e estão sempre disponíveis", ao contrário do que ocorre
com xaropes e pastilhas.
Mas, principalmente,
trata-se de "uma questão cultural", dado que "os paraguaios
estão acostumados a tomar remédios naturais com o mate ou o tereré desde que se
levantam até quando se deitam, e esse conhecimento das plantas faz parte de sua
herança cultural"
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